Ela...
Os dias voltaram a ter um ritmo, um propósito.
Acordar cedo, tomar o primeiro café ainda sonolenta, vestir a confiança como uma armadura e sair de casa com os ombros erguidos.
Era isso que fazia todas as manhãs, desde que havia assumido, de vez, o leme do império da minha família.
A rotina, antes cansativa e automática, agora tinha outro gosto.
Tinha força.
Direção.
Cada passo que eu dava pela entrada principal da empresa me lembrava de quem eu era — ou, melhor dizendo, de quem eu precisava ser.
Os corredores pareciam menos intimidadores agora.
As paredes, testemunhas silenciosas de disputas, mentiras e estratégias, já não me sufocavam.
Caminhar entre as mesas, ver os funcionários me olharem com um misto de respeito e receio... era como se tudo, finalmente, estivesse encontrando seu lugar.
Rodrigo e eu estávamos em plena sintonia.
Não havia es