Ele…
A mansão estava silenciosa, como deveria estar.
Cada canto meu, cada ambiente dessa casa, fora projetado para funcionar sob ordem e lógica.
Não havia excessos.
Não havia improvisos.
Tudo em equilíbrio… exceto ela.
Hayla.
Ela caminhava pela sala como quem tentava decifrar um labirinto.
Seu olhar se detinha nos detalhes — nas colunas, nos quadros, nos corredores escondidos — como se cada ângulo revelasse um pouco de mim.
Não revela.
Ninguém jamais chegou tão perto assim.
— Me pego perguntando se não seria um fardo viver cercada por tanta perfeição, Klaus — ela disse, com aquele tom que misturava admiração e inquietude.
Como se estivesse me provocando, testando os limites da minha paciência.
Soltei um suspiro, contido, como faço sempre que não quero explodir.
— O fardo é o que você escolhe carregar — respondi, frio.
Uma verdade simples.
Precisa.
Vi o impacto que minhas palavras causaram nela.
O silê