Ela…

O amanhecer chegou trazendo uma luz suave e fria.

O som das ondas quebrando na praia era constante, mas não mais reconfortante.

Era como um lembrete incansável de onde eu estava, de quão frágil minha existência se tornara.

Olhei para o lado e, como esperava, Klaus não estava lá.

Seu machucado havia sido superficial ao que parece, pois já estava pronto para seguir com seu egoísmo.

Ele havia desaparecido, como fazia todas as manhãs, sumindo em sua busca por... o que quer que fosse.

Respirei fundo, enchendo os pulmões com o ar salgado e úmido.

Era um novo dia, e eu precisava continuar me movendo.

Não importava o que acontecesse entre mim e Klaus, eu ainda tinha que sobreviver.

Caminhei pela praia, procurando qualquer coisa que pudesse ser útil.

Deixando com que o silêncio me moldasse, encontrando de alguma maneira a determinação em dias melhores.

Desde que cheguei aqui, minha vida tinha se resumido a isso: encontrar, improvisar, sobreviver. Achei mais alguns cocos caídos