Capítulo 132 O rugido da fúria
Ele…

O motor rugia sob meus pés como se compartilhasse da minha fúria.

O volante do SUV tremia em minhas mãos, e meus olhos, cravados na pista, só enxergavam uma coisa: o galpão.

Hayla.

Se ela tivesse um arranhão... um único arranhão...

— Doutor Klaus, estamos a cinco minutos — avisou um dos agentes no rádio, a voz trêmula de tensão.

— Invasão silenciosa. Sem alarde. Se ouvirem um grito lá dentro... é porque fui eu — rosnei.

A lembrança do que Clara disse, a insanidade em cada palavra, me corroía por dentro.

Ela queria machucar Hayla.

Ela queria acabar com ela.

E eu deixei acontecer.

"A culpa é minha."

Tentei apagar o pensamento, mas ele latejava como uma sirene dentro de mim.

O cheiro da fumaça da noite, do asfalto molhado e dos pneus queimando marcava o prelúdio de uma guerra que eu não sabia se sobreviveria inteiro.

A chegada ao galpão aconteceu em câmera lenta. O silêncio da noite ecoava como um aviso: o resgate estava prestes a começar.

Estávamos os três: e
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