Lorenzo nunca foi de desistir fácil. Nos negócios, nas guerras da máfia, nos confrontos da vida... sempre soube usar a força, a estratégia e, se necessário, o medo. Mas diante de Isabela, nenhuma dessas armas funcionava.
Ela não era um território a ser dominado. Era um coração machucado que ele mesmo havia partido.
Desde o reencontro no parque, Lorenzo decidiu insistir. Começou a mandar mensagens curtas, respeitosas, perguntando pelas filhas. Às vezes, recebia resposta. Às vezes, silêncio. E quando vinha um “podemos conversar depois”, ele sentia como se ganhasse uma batalha.
Ele chegou a mandar flores. Isabela agradeceu com um emoji. Escreveu cartas, tentou se abrir. Até mesmo um jantar, cuidadosamente planejado em um restaurante que ela adorava, foi recusado com um educado “não é o momento”.
Mas o pior não era o desprezo. Era a gentileza fria. Isabela era cordial, tranquila, mas distante. E isso o matava.
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Certa tarde, Lorenzo apareceu de surpresa na escola onde Valentina ensaiava