Depois do reencontro no parque, Lorenzo passou a frequentar discretamente os lugares onde sabia que Isabela levava as filhas. Não era perseguição — ao menos, não no início. Era apenas um desejo desesperado de se reaproximar, de fazer parte do mundo delas novamente. Mas quanto mais ele tentava, mais esbarrava em uma figura que lhe despertava um sentimento difícil de controlar: Guilherme.
Sempre presente. Sempre sorridente. Sempre à vontade.
E sempre com Isabela.
— Você apareceu de novo? — disse Guilherme, cruzando os braços em frente à casa de Isabela quando Lorenzo chegou para "uma visita rápida".
— Não estou aqui por você. Quero ver minhas filhas.
— Claro. Claro. Sempre muito paternal depois de... o quê? Dez anos? — respondeu Guilherme, sarcástico. — Vai entrar ou vai ficar olhando feito segurança de boate?
Lorenzo trincou os dentes. Ele sabia que Guilherme estava provocando. Mas o pior era o sorriso de canto, o olhar debochado, os comentários sutis ao pé do ouvido de Isabela que a f