AMAROK
Caminhava pela floresta como se eu fosse parte dela, pois desde que me entendia por gente, esse era o meu lar. Cresci aqui com a minha falecida mãe, que fez das tripas dela força para me criar sozinha.
Meu pai, um covarde, nos abandonou quando eu ainda era um filhote pequeno e indefeso, deixando toda a responsabilidade para minha mãe, que faleceu em um combate contra lobos inimigos na minha frente, enquanto eu estava escondido e encolhido entre os arbustos vendo tudo.
Cresci revoltado e sendo visto como um bastardo por todos da matilha. Eu nunca consegui ganhar o respeito da alcateia, mas consegui ganhar o medo deles e, consequentemente, acabei me tornando o Alfa do bando por ter o lobo maior, mais forte e mais temido.
Minhas botas pareciam pesadas quando entravam em contato com a terra úmida e o meu peito parecia muito apertado por causa de uma dor que não sabia nomear. Tinha matado três cervos antes do sol alcançar o topo das montanhas, mas não fiz isso pela fome, foi pela