Vittorio Bianchi
O quarto do hotel estava imerso em uma luz suave, com as cortinas parcialmente abertas, permitindo que os raios dourados do sol filtrassem pela janela. A atmosfera parecia carregada com tudo o que havia acontecido entre nós.
A saudade, a dor e, claro, o desejo que ainda queimava em meu peito. Cada passo que eu dava em direção a ela parecia um pedido silencioso, uma tentativa de reconectar o que a distância havia quebrado. Eu podia sentir os olhos dela em mim, como se quisesse me ler, desvendar as partes de mim que eu mal conseguia compreender.
— Heloísa…— minha voz saiu baixa, rouca, carregada de saudade. — Eu senti tanto a sua falta. — As palavras estavam carregadas de sentimentos reprimidos, sentimentos que eu finalmente estava permitindo que tomassem conta de mim.
Eu sabia que errei, sabia que a machuquei. Mas ver aquele olhar dela, o calor que emanava, me fazia querer mais. Ela se aproximou lentamente, e a tensão entre nós era palpável.
Heloísa olhou