Vittorio Bianchi
Continuo processando tudo. Um menino. Meu filho. Cada vez que repito isso na minha mente, sinto meu peito se encher de um orgulho que nunca experimentei antes. Desde que Heloísa me contou, tudo parece mais real. Não é mais só uma ideia ou um sonho distante. Ele está ali, crescendo dentro dela, e eu mal posso esperar para segurá-lo em meus braços.
Enquanto terminamos o jantar, Heloísa segura minha mão e me encara com aquele olhar carinhoso que só ela tem.
— Acho que a gente devia contar para minha mãe — ela sugere.
Assinto imediatamente. Ava pode não ter demonstrado apoio total, mas pelo menos não virou as costas para a filha como Hugo fez.
— Claro, amor. Liga para ela.
Heloísa pega o celular e, depois de alguns toques, Ava atende. Pelo tom da voz dela, parece surpresa por estar recebendo uma ligação a essa hora.
— Filha, está tudo bem? — a preocupação em sua voz é instantânea.
— Está, mãe, está tudo ótimo. Eu só queria te contar uma coisa muito especial… — Hel