— Não faz isso não. Sério! Você é doida. — Peter tá se contorcendo agoniado na poltrona enquanto corto meus próprios cabelos.
— Relaxa. Eu já fiz isso várias vezes. — corto uma franja.
— Você é doida... Eu vou sair daqui. — levantou quando a campainha tocou.
Nos olhamos.
Pela primeira vez desde que estou aqui aconteceu isso. Ninguém veio aqui essa semana toda.
Ele não abriu. Olhou pelo olho mágico.
— Não surta. Mas é o Aaron. — cochichou pra mim e meu coração imediatamente ganhou um novo ritmo. Mais acelerado. Como o som de uma have. O Aaron tá aqui. O que eu faço? — Se esconde! — me apressou quando ele tocou novamente a campainha.
— E os cabelos no chão? — olhei pra meus pés.
— Junta rápido e coloca numa bolsa. Sei lá. Não joga no lixeiro.
Junto tudo rapidamente e coloco na minha blusa. Que péssima ideia.
Saio do banheiro e subo pro sótão. Fico encostada na porta, quero ouvi-lo. Deixo a porta entreaberta. Eu também quero vê-lo.
Peter abriu a porta e o Aaron entrou sorrindo.
Meu Aaron