— Vincent, o que você está dizendo...? Você não me ama? — A voz de Isabella se elevou, enquanto a cor desaparecia de seu rosto. — Como isso é possível? Você claramente...
— Peço desculpas pelo mal-entendido. — A voz de Vincent estava tão calma que chegava a soar cruel. — Naquela época, as filhas dos meus associados eram um incômodo. Eu precisava de um escudo.
Um escudo?!
O rosto de Isabella ficou branco como papel.
Ele fez uma pausa, em seguida continuou:
— Como compensação, depositei meio milhão de dólares na sua conta todos os anos. Achei que estava claro entre nós que era uma transação.
— Depois, você levou um tiro por mim e quase morreu, então eu passei a atender todos os seus caprichos. Essa foi a minha dívida com você. — O olhar dele repousava, impassível, sobre o rosto pálido de Isabella. — Mas é só isso.
O salão explodiu.
Os olhares invejosos transformaram-se, num piscar de olhos, em zombaria e desprezo. Sussurros se espalharam como uma onda prestes a engolir Isabella.