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Depois de Renascer, Eu Me Divorcei do Homem Mais Rico.

Depois de Renascer, Eu Me Divorcei do Homem Mais Rico.PT

História Curta · Contos Curtos
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Resumo
Índice

Qual é a primeira coisa que você faria se renascesse? Eu? Eu começaria pedindo o divórcio do meu marido, Finn Gallagher. Sim, Finn Gallagher — o mesmo homem que comanda metade do submundo por trás de portas fechadas. O Don. O homem mais rico vivo. Aquele que faz mulheres sonharem; o rosto estampado em revistas, eleito "O Homem Mais Sexy do Mundo" cinco anos seguidos. Na minha vida passada, eu tentei de tudo para fazê-lo me olhar como se eu importasse. Casei com ele. Dei à luz o filho dele. Engoli todo o meu orgulho tentando ser a esposa perfeita. Mas não adiantou. Para ele, eu não era diferente de uma garçonete a quem ele casualmente daria gorjeta: esquecível, substituível, invisível. Desta vez, não vou implorar. Não vou fingir. Estou entregando a chave do meu lugar na vida dele para Madeline Brooks… e vou embora. Ela é o primeiro amor de Finn. E também a sombra que assombrou todos os dias da minha vida passada. Agora, Madeline estava sentada à minha frente, piscando como se não tivesse entendido direito. — Você se esforçou tanto para me afastar. — Disse ela devagar, os olhos semicerrados. — E agora quer que eu fique com o Finn? — Sim. É só isso que eu peço. Apenas fale com ele. Diga para assinar os papéis do divórcio. Olhei para o seu rosto confuso e continuei: — Todo mundo sabe que eu sou a última pessoa no mundo que deixaria Finn ir. Então, se eu disser que quero o divórcio, ele não vai acreditar nem por um segundo. Mas você? Você é a única que pode fazer isso acontecer… não é? Ela riu, porque finalmente estava tendo a sua chance. Eu ri também, porque finalmente estava livre.

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Capítulo 1

Capítulo 1

Madeline me encarou por um longo tempo depois de ouvir ''papéis de divórcio''.

Não disse nada de imediato, apenas me olhou como se eu tivesse enlouquecido.

Então, sem dizer uma palavra, pegou o celular e virou-se um pouco de lado.

Mas eu ainda podia ouvir tudo.

— Finn. — Disse suavemente, testando o terreno. — Tem um minuto?

Ela fez uma pausa, ouvindo. Até dali, eu conseguia distinguir o murmúrio grave da voz dele do outro lado da linha.

— Estou no Glory Café. — Continuou ela. — Pode vir me buscar?

Outra pausa. Vi seus dedos apertarem em volta do celular.

— Certo. Te espero aqui.

Madeline desligou e voltou a me olhar, ainda desconfiada.

— Está bem, Jillian. — Disse, semicerrando os olhos. — Me diga a verdade: qual é o seu jogo?

Soltei o ar devagar. Ela continuava em alerta, mesmo quando eu estava lhe entregando tudo de bandeja.

— Não estou jogando nada. — Respondi calma. — Acabou. Pode ficar com o Finn… e com o Henry também.

As sobrancelhas dela se ergueram.

— Está falando sério? Vai me dar seu marido e seu filho?

Assenti.

— Seríssima. Já fui o inferno uma vez. Não vou voltar lá.

Ela me estudou por um instante, depois sorriu, cética, mas satisfeita.

— Ótimo. Já que está sendo tão generosa... — Jogou o cabelo para trás. — Só não volte rastejando depois. Caso se arrependa, não espere que eu saia do caminho.

— Não vou. — Respondi seca.

Ela sorriu como quem já tinha vencido.

— Eu cuido dos papéis do divórcio.

Vinte minutos depois, o ronco de motores tomou a rua.

Não era só um carro. Eram cinco Bentleys pretos que pararam diante do café. Vidros escuros. Presságio de problema.

E então ele desceu.

Finn Gallagher.

Meu marido. O único homem que todas as mulheres da cidade fantasiavam… e o único homem que eu passei uma vida inteira tentando alcançar.

Não o via havia meses. Segundo as empregadas, uma semana estava na França, na seguinte no Brasil, depois na Tailândia. Sempre longe. Sempre correndo.

Mas agora? Agora ele estava aqui. Tudo porque ela o chamou.

Entrou sem desviar os olhos da mulher ao meu lado. Nem um olhar para mim. Eu poderia ser invisível.

Parou junto à mesa e falou, a voz baixa e aveludada, mas cortante como aço:

— Vamos. — Disse para ela, sem me notar.

Madeline sorriu para ele:

— Espere, Finn. Tenho algo para você assinar. É a escritura da minha casa dos sonhos…

Ele arqueou a sobrancelha.

— Eu já não te dei o cartão black? Isso deve cobrir dez do que quer que seja.

Ela riu levemente.

— Sim, mas não é dinheiro. É propriedade. A escritura ainda tem seu nome.

Finn balançou a cabeça, meio entretido.

— Você realmente é algo fora do comum, sabia?

E sem nem folhear, virou até a última página e rabiscou a assinatura.

Eu o observei. Observei tudo. E foi como se arrancassem uma cortina diante dos meus olhos.

Ridículo.

E, ainda assim, pela primeira vez em anos, eu me senti… livre.

Na minha vida passada, como se minha vida dependesse disso.

Acreditei que, se o amasse o bastante, ele se voltaria para mim.

Eu morri agarrada a essa esperança.

Naquele dia, o elevador travou. Eu, Madeline e nosso filho, Henry.

Os cabos romperam. Fumaça. Gritos. Pânico.

Finn teve que escolher. E escolheu ela.

Ela saiu primeiro, levando Henry nos braços, ilesa.

Eu fiquei para trás. O elevador despencou antes que pudessem me resgatar.

Eu morri acreditando que, talvez, só talvez, ele voltaria por mim.

Mas não voltou.

Por isso, agora, nesta segunda vida, eu não cometeria o mesmo erro.

Finn pegou a mão de Madeline e andou até a saída do café. Eu me levantei, também indo para a saída.

Pouco antes de atravessarem a porta, ele se virou.

Seus olhos encontraram os meus — frios, agudos, indecifráveis. Ele fez um leve sinal de cabeça para o assistente.

Leo se postou à minha frente:

— Senhora Gallagher… — Disse firme. — Não pode acompanhá-los. O Sr. Gallagher tem assuntos a tratar.

Dei de ombros:

— Nem planejava. Só estou indo pelo mesmo caminho. Tenho lugares para estar.

Virei-me, pronta para enfim sair e deixar tudo para trás, quando ouvi uma vozinha do lado de fora:

— Madeline! Senti tanto a sua falta!

Congelei. Meu coração se partiu em dois.

Henry. Meu filho. Corria até ela, os bracinhos envolvendo sua cintura como se fosse o seu mundo inteiro.

Então seus olhos pousaram em mim. E, num instante, o sorriso desapareceu.

— Pai. — Franziu a testa, puxando a mão de Finn. — Por que essa mulher está aqui?

Engoli seco, sufocando o nó na garganta.

Finn deu-lhe um tapinha leve na cabeça:

— Ela não está conosco. Venha, vamos jantar.

Henry abriu um sorriso:

— Oba! Vou jantar com a Madeline!

Não disse nada. Apenas saí, acenei para um táxi e entrei.

Enquanto a cidade passava borrada pela janela, fiquei em silêncio.

Madeline sempre foi o primeiro amor de Finn.

Eles não se casaram na época porque ela foi estudar fora, e a família dele me empurrou para o lugar dela. Foi apenas um acordo de negócios.

Lembro da noite em que descobri a verdade. Passei dias sem dormir. Talvez eu nunca tenha acordado de verdade desde então.

Mas agora? Agora eu estava desperta.

Nesta vida, eu estaria sóbria.

Desta vez, eu iria embora antes de me afogar novamente
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