Natália suportava três olhares distintos, e um pouco constrangida, falou:
- Está bem.
Parecia que o assunto havia se encerrado, pois ninguém mais falava, até Gabriela parou de chorar.
Ela estava prestes a se levantar para sair quando Douglas apertou sua mão, mantendo-a firmemente no lugar.
O pai de Gabriela, com os dentes cerrados e as veias da testa salientes, gritou para os empregados na cozinha:
- Tragam um copo de água quente.
Gabriela olhava temerosamente para o pai, cujos olhos ardiam de raiva, e perguntou cautelosamente:
- Pai, o que você vai fazer?
Ela, subconscientemente, sabia que a água quente não era para ela, afinal, seu pai a amava tanto que quase não podia suportar vê-la se machucar, mas ainda assim temia diante de seu rosto tenso e mandíbulas trincadas.
Os empregados, pensando que o Sr. António queria beber, apressaram-se em servir um copo.
A água estava recém-fervida, com um nevoeiro branco subindo vagarosamente.
O Sr. António bateu na mesa e, com a voz contida, disse: