O homem lançou a ela um sorriso malicioso, como se dissesse:
- Veja só, a mais atrevida é você, espiando um homem se aliviando.
Maria respirou fundo e, sem expressão, desviou o olhar. Ela abriu o pão que tinha na mão e mordeu um pedaço, mas o achou completamente sem sabor. Depois, revirou a sacola e encontrou um copo de macarrão instantâneo.
Naquela manhã, ela havia enchido uma garrafa térmica com água quente, ainda não usada, perfeita para preparar aquele petisco. Abriu a embalagem, despejou todos os temperos e, em seguida, adicionou a maior parte da água da garrafa. O recipiente térmico não era muito grande e, após preparar o macarrão, restou pouca água.
Assim que Maria começou a preparar sua comida, o homem se aproximou. Ele não entrou no carro, mas ficou encostado na porta, fumando.
Maria colocou o restante dos lanches no assento dele, deixando a ele a decisão de comer ou não. Alguns minutos depois, o macarrão estava pronto.
Maria mal havia dado a primeira mordida em seu macarrã