Ela percebeu que a abertura no teto estava radiante, livre da neve e do vento que antes invadiam.
Se apresou em direção a Eduardo, tão ansiosa e alegre que quase tropeçou.
- Eduardo, acorde! A tempestade de neve acabou, venha ver!
Contudo, mesmo chamando-o assim, o homem estirado no chão não demonstrava sinais de despertar.
Eduardo sempre foi astuto e vigilante; não poderia estar dormindo tão profundamente.
Com um mau pressentimento, ela estendeu a mão rapidamente para sacudir seu ombro:
- Eduardo, acorde! Eduardo!
Mas ele ainda não reagia.
Maria se tornou cada vez mais desesperada, sua voz embargada pelo choro.
- Eduardo, o que aconteceu? Não me assuste assim, por favor acorde, acorde logo...
Não importava quanto ela o chamasse, Eduardo não respondia.
Maria começou a chorar incontrolavelmente.
- Você prometeu que não ficaria doente, que não me abandonaria, que me tiraria daqui... Eduardo, por favor, acorde!
Ela caiu exausta no chão, tomada por uma onda avassaladora de desespero e med