Neste momento, Miguel não sabia o que dizer. Ele sempre se preocupava muito com sua esposa, e Maria era uma incógnita aos seus olhos, não importava se era boa ou má. Ao ver Lúisa ferida e Maria segurando uma tesoura, ele naturalmente interpretou erroneamente a situação.
Ele queria pedir desculpas, mas ao olhar para a expressão indiferente de Maria, ele até abriu a boca, porém não conseguiu dizer nada.
Luísa, vendo o sangramento contínuo na mão de Maria, ficou desesperada:
- Srta. Juliana, sua mão está sangrando por demais, deixe que o Miguel cuide disso para você.
- Realmente não é necessário.
Maria sorriu com um pouco de fraqueza, olhando novamente para Miguel.
- Eu quero o que pedi!
Miguel apertou os lábios e entregou a ela duas caixas de remédios embaladas em um saco. Ele normalmente não tinha nenhum sentimento de culpa, mas, naquele momento, sentiu que devia algo a essa mulher, ao ponto de lembrá-lo de outros erros que cometeu no passado e que deveria pedir desculpas pelo que fez