O Alonso tinha morrido. Afogado no próprio amor doentio que sentia pela Cíntia. Ou melhor, queimado. O fim que ele havia planejado para ela, por ter se envolvido com o Henrique, era perturbador demais até para ser imaginado. Mas foi ele quem ardeu — consumido pelas próprias obsessões.
Agora, eu olhava para a minha vida e me perguntava: até que ponto eu era diferente dele? O quanto as minhas atitudes não refletiam a mesma loucura disfarçada de amor? Alonso amou demais. E eu? Talvez tenha amado errado demais.
Me envolvi com o Fernando. Desde sempre, fui loucamente apaixonada por ele. Mas então ele conheceu a Carol. E ela se tornou tudo. O riso fácil. A paz. O futuro. E eu? Eu continuei sendo o nada.
Foi aí que o estrago começou. Comecei a querer ferir tudo e todos. Já que o Fernando não me queria, decidi me aproximar do Alonso. Me envolvi com ele como quem escolhe uma arma. Queria atingir quem estivesse ao redor. Queria ferir a Cíntia — a esposa do Alonso, prima do Fernando, aquela que