O teto parecia baixo demais.
Juno corria com uma mão na parede úmida e a outra segurando Emma por puro instinto, enquanto Justine vinha logo atrás, e Iriel fechava a fila contando degraus num sussurro que era quase uma oração. As catacumbas cheiravam a musgo antigo e ossos molhados, o ar tinha um frio que passava pela pele e se instalava nos nervos.
— Mais rápido — Juno disse, a voz baixa e firme, como se pudesse domar o pânico no peito das quatro. — Não parem!.
— Eu tô tentando — Emma respondeu, ofegante. — As pedras escorregam.
O corredor se abriu num escuro e lá adiante, silhuetas se fizeram ver no escuro. Duas. Três. Altas, imóveis por um segundo, depois movendo-se com precisão de caça.
— Guardas — Justine sussurrou, os olhos arregalados. — Eles acharam a gente! Temos que voltar!
— Se voltarmos, vão nos matar! Não podemos fazer isso! — Iriel rebateu, num fio de voz.
— Eu fico — Juno cortou, já abrindo a postura. — Se forem guardas eu luto e vocês continuam correndo, entenderam