O harém estava em silêncio, um silêncio falso, cheio de respiração presa e medo mal escondido. As cortinas vermelhas tremulavam com o vento que vinha das janelas entreabertas, e o cheiro de incenso e ferro queimado denunciava que a cerimônia no salão já tinha começado.
Juno estava sentada na beira da cama, os punhos fechados, o coração martelando. Emma se aproximou dela, o olhar inquieto, os lábios mordidos.
— Agora — sussurrou. — É agora ou nunca.
Justine arregalou os olhos.
— Você tem certeza, Emma? E se a gente for pega?
— Eu falei com ele — respondeu, quase sem voz. — O soldado. Aquele... — fez uma pausa, desviando o olhar. — Ele disse que tem uma porta nos fundos do depósito, uma escada antiga que vai direto pras catacumbas.
Iriel se aproximou, o cabelo loiro grudado na testa pelo suor.
— E você confia nele?
— Não temos escolha — Emma respondeu. — Ele podia ter me entregado e não fez. Disse que queria ajudar… que estava cansado de ver a gente presa aqui.
Juno se levantou, o cor