A loba correu até que a costela começasse a pedir ar com faca, Melia parou numa pedra grande e cheirou o vento. Sentiu o cheiro da amiga vindo da direita, bem de leve, misturado com a chuva, sabia que aquele rastro era proposital, que queriam que ela encontrasse onde Juno estava.
Desceu a encosta como quem desliza uma lâmina, a pata escorregou na lama, ela se prendeu num tronco com a garra, o corpo todo num só comando: precisava ser rápida. Ao se aproximar, o cheiro ficou nítido demais: sangue fresco, umidade, e o cheiro dele…
Aquele cheiro que Melia nunca iria esquecer nunca o cheiro do monstro em seus pesadelos.
Van Smaill.
“Me espera, amiga...”
Ela se encolheu atrás de um arbusto grande, avaliou. Dali, não viu nada, nem ninguém, mas sabia que provavelmente, os carnifices estavam ali, com toda certeza estavam. Van não deixaria o lugar sem proteção, mas com certeza ela não seria atacada porque Melia o conhecia, e sabia que aquele monstro queria que ela se entregasse por conta própr