— O quê? Está completamente louco?
— Façamos uma aposta. Se estiver de vermelho, eu ganho um beijo. Mas não qualquer beijo. Um de verdade. Com língua. Daqueles que você se lembra dias depois. Se não estiver... bem, você pode ir embora da minha sala sem dizer uma palavra.
— Eu não vou mostrar nada e, muito menos, apostar — disse, cruzando os braços.
— Porque sabe que perderia — retrucou ele, com um sorriso provocador.
— E, por acaso, eu também perdi... porque estava realmente ansioso para ganhar esse beijo dessa sua boquinha tão atrevida.
Laura virou o rosto, sentindo as bochechas queimarem. Era impossível não sentir o efeito dele em seu corpo. E ele sabia disso. Usava cada palavra, cada gesto, como um golpe calculado.
— Se alguém ligar, diga que estou resolvendo assuntos pessoais — disse ele, já pegando as chaves do carro na mesa e a carteira do bolso.
Antes de sair, parou diante dela e segurou seu queixo com delicadeza, mas com firmeza o suficiente para obrigá-la a encará-lo.
— Cuida