Laura olhou fixamente para ele , sem conseguir desviar o olhar.
Heitor se aproximou ainda mais. Agora, tão perto que ela podia sentir o calor do corpo dele irradiar como uma ameaça deliciosa.
— Mas não foi porque cometi um crime — ele disse, e seu rosto se inclinou até o dela, os lábios quase roçando sua pele.
— Foi porque quanto mais eu te tenho, mais eu te quero.
A confissão foi dita num sussurro rouco, que mais parecia uma declaração de possessão.
Laura arfou, sentindo o corpo inteiro vibrar com o impacto daquela frase. Um arrepio percorreu sua coluna como um fio de choque, seu peito subia e descia com a respiração acelerada.
Mas então, veio a sentença final, fria e quente ao mesmo tempo, feita para dominá-la por completo:
— E agora... por essa sua rebeldia... motivada por ciúmes... se prepare pra ser punida.
— Vai me dar palmadas... como naquele dia... no seu escritório? — sussurrou Laura, a voz rouca, trêmula, como se o simples ato de perguntar já fosse uma provocação pr