Ultimato para Augusto.
Laura saiu do carro com as pernas trêmulas, a alma em combustão, e o corpo implorando por descanso. Mas enquanto subia as escadas até seu apartamento, uma coisa era certa:
Dormir seria impossível.
Porque, mesmo longe, o toque de Heitor ainda queimava sob sua pele.
No dia seguinte o despertador tocou, mas Laura já estava acordada.
Na verdade, sequer havia dormido de verdade.
Passara a noite rolando na cama, os lençóis colando à sua pele nua e sensível, cada centímetro de seu corpo doendo de forma deliciosa. Era como se ainda sentisse as mãos de Heitor em sua pele, o som de sua voz dominadora ecoando em sua mente, o peso de seu corpo sobre o dela. Era como se ele ainda estivesse ali, dentro dela, preenchendo não apenas seu corpo… mas seu vazio mais íntimo.
Sentou-se na cama com dificuldade, o corpo protestando a cada movimento.
Passou a mão pela lateral da coxa e sentiu a pele marcada por uma leve vermelhidão — as chicotadas ainda visíveis, suaves, como lembranças gravadas com in