Ele caminhou até o carro estacionado, um Lamborghini escuro que refletia sua frieza. Laura correu até ele, ficando diante da porta.
— Não me ignore, por favor! Eu mereço ao menos uma explicação! Por que está fazendo isso? Por que esta sendo tão cruel comigo. Ele parou por um segundo. Os olhos encontraram os dela. E Laura viu algo ali. Uma dor profunda, escondida sob camadas de orgulho e fúria. Mas ele não disse nada. Apenas desviou o olhar, entrou no carro e bateu a porta. — Heitor! — ela gritou mais uma vez, batendo no vidro. — Heitor, por favor, me escuta! Num ato de desespero, Laura se colocou na frente do carro, os braços abertos, o corpo trêmulo, mas firme. Os olhos encaravam os dele com coragem. Ela sabia que ele não teria coragem de machucá-la, não com os filhos ali, não com tudo o que ainda havia entre eles, por mais ferido que estivesse. Heitor ligou o carro, o motor roncou