Virou-se com a elegância natural de quem sabe o poder que carrega. O vestido justo moldava cada curva, e ao caminhar em direção à porta, seus quadris rebolavam com uma provocação precisa e cruel. Um convite negado. Uma promessa suspensa.
Antes de sair, virou o rosto por sobre o ombro e disse com um sorrisinho afiado:
— Estou te esperando na sala de reuniões, senhor Arantes.
E saiu, deixando atrás de si o cheiro do perfume, o calor do beijo… e um homem completamente desconectado do próprio autocontrole.
Heitor passou a mão pelos cabelos, praguejando baixinho, ainda duro, ainda com a respiração presa no peito.
—Safada … — murmurou, sorrindo de lado. — Ela vai me enlouquecer.
A sala de reuniões era ampla, elegante, com uma mesa imponente de madeira escura cercada por cadeiras estofadas em couro. Quando Heitor entrou, todos os acionistas e diretores se levantaram em sinal de respeito. Mas ele mal percebeu.
Seus olhos encontraram Laura.
Ela estava sentada à ponta da mesa, c