O celular vibrou ao lado da garrafa de whisky escocês .
De repente seu telefone tocou com o nome que ela registrou como "Amiga da Holding"
Atendeu com a frieza de quem esperava a oportunidade perfeita há muito tempo.
— Fale.
A voz feminina do outro lado era firme, objetiva:
— Eles discutiram. Agora há pouco. Na empresa. Ele parecia furioso. E magoado. Acabou de sair, e está indo atrás dela.
O gelo da taça derreteu um pouco mais, assim como o verniz da compostura de Patrícia.
Ela tirou os óculos com calma, revelando olhos que faiscavam raiva e ciúmes.
— Tem certeza?
— Absoluta. Ele largou tudo, saiu sozinho e pelo que eu ouvi vai atrás dela em seu apartamento.
Patrícia fechou os olhos por um segundo. Uma chama cruel nasceu ali dentro.
— Perfeito — sussurrou, com um meio sorriso nos lábios.
— É agora.
Sem perder tempo, desbloqueou outro contato no celular e discou.
Do outro lado da linha, a voz rouca e desconfiada de Augusto atendeu:
— Patrícia, o que é