— Ela é tão pequenininha… — murmurou Laura, acariciando com ternura a ponta dos dedinhos minúsculos de Valentina, dentro da incubadora.
— Mas é forte. Tem o coração da mãe.
Fernando assentiu, engolindo em seco, os olhos marejados.
— Eu não sei o que vai ser da minha vida se… se a Bianca não acordar, Laura. Eu não sei.
— Ei… — ela virou-se para ele, segurando seu rosto entre as mãos com delicadeza.
— Ela vai acordar. Eu sinto. Ela é teimosa. Teimosa demais pra deixar essa menininha crescer sem ela.
— E se não? — a voz dele quebrou.
Laura puxou-o para um abraço apertado, acolhedor. Ambos choraram em silêncio. Ali, não havia romance. Não havia tensão. Apenas dois amigos feridos, unidos pela dor de amar profundamente a mesma pessoa.
Ela passou a mão pelas costas dele num gesto instintivo, reconfortante. E foi nesse exato momento que Heitor entrou na sala.
A princípio, seus olhos captaram ap