Ele passou os dedos pelos cabelos dela com delicadeza, deixando um beijo lento em sua testa.
— Não precisa estar. Só não fuja de mim. Eu cuido de você... do meu jeito. — Ele sorriu de novo, desta vez mais contido, mas ainda assim firme.
— Porque você é minha. Só minha.
Laura sentiu o coração acelerar de novo — e dessa vez, não foi por medo.
Foi por desejo.
E, talvez, por algo muito mais perigoso: a possibilidade de estar começando a se apaixonar por um homem que era tudo o que ela devia evitar.
Mas que, naquele momento, era o único lugar onde ela queria estar.
Já vestidos e recompostos, o ambiente parecia mais silencioso, como se o próprio ar estivesse tentando entender a tensão que ainda pairava entre eles. Heitor estava sentado no sofá, com Laura no colo, de lado, o braço dele envolto possessivamente em sua cintura. Ela parecia inquieta, mordiscando o lábio inferior enquanto evitava o olhar dele.
— O que foi? — ele perguntou, deslizando os dedos pelos fios soltos do cabelo