O corpo de Laura ainda carregava a memória do que haviam feito, e cada pequeno toque, cada movimento sutil, reacendia a chama que Heitor havia acendido nela com tanta facilidade — e poder.
Ela ainda estava no colo dele, os corpos entrelaçados de um jeito que não dava espaço para dúvidas sobre o que estavam se tornando, mesmo que nenhum dos dois estivesse pronto para admitir.
— Espero contar com sua discrição, Laura — disse ele com a voz baixa, rouca e carregada de autoridade.
— Não quero que ninguém saiba do que há entre nós. Na frente dos outros, somos apenas chefe e funcionária ,nunca esqueça disso.
Laura mordeu o lábio, tentando conter a pontada de dor que aquela frase trouxe. Mas ela disfarçou com ironia:
— Em outras palavras... eu serei o seu segredinho sujo.
Heitor franziu o cenho, puxando-a com mais firmeza contra o próprio corpo.
— Não leve para esse lado. Estou fazendo isso porque quero preservar minha vida pessoal. Sempre fui reservado. E também... não quero te expor