Bianca respirou fundo, finalmente sozinha na sala. O silêncio era quase um alívio depois da noite estranha que tivera. Walter estava no banheiro da suíte de hóspedes, e ela já se arrependia de tê-lo deixado entrar. O bom coração que tantas vezes fora sua maior virtude agora pesava como uma maldição.
Mas a tranquilidade durou pouco.
A campainha soou, quebrando o silêncio como um trovão.
O coração de Bianca disparou. Ela correu até a porta, espiou pelo olho mágico… e sentiu as pernas fraquejarem.
Fernando.
O choque fez seu corpo inteiro tremer. O que faria? Como explicaria? Ainda assim, não havia como fugir.
Com mãos trêmulas, girou a maçaneta.
Fernando entrou sem que ela esperasse , dominando o espaço com a intensidade de sempre. Antes que ela pudesse dizer uma palavra, ele a puxou contra si, abraçando-a com força.
— Eu sabia… — murmurou, o hálito quente contra seus cabelos.
— Sabia que você também não conseguiu dormir… assim como eu.
Bianca fechou os olhos por um