realidade me atinge e me pergunto o que eu fiz?
Minha imaturidade colocou a vida dos meus filhos em risco, eu não consigo dizer nada.
Só ouço a Júlia querendo bater na tal Leandra, o Marcos tremendo e me dizendo para ficar calma, que tudo vai dar certo.
O Pietro dizendo para todos se afastarem, que precisam me levar ao hospital.
Eu só consigo, com dificuldade, dizer:
— Meus filhos… por… favor… não quero perder eles…
— Não vamos, amoré mio… não vamos… — o Marcos repete, e me pega no colo.
A dor se intensifica e eu choro. Vejo a Celly chorar tanto quanto eu, a Júlia chorando e querendo bater na Leandra, a Carla, Kety, Laura, o Gil… todos choraram.
Em pouco tempo o Marcos entra no carro comigo.
Eu começo a perder a consciência em meio à dor e só ouço o Marcos, agora em prantos:
— Não, Ana… por favor… fica comigo, amoré… não faz isso comigo… por favor… segura…
Eu não vejo mais nada.
A dor é forte demais, volto à consciência ainda no carro com o Marcos desesperado. Quando grito de dor ele