AURORA SINCLAIR
Acordei lentamente, como se estivesse saindo de um sonho, mas a sensação de estar no lugar errado era impossível de ignorar. O quarto ao meu redor era estranho, e por um momento, não sabia onde estava. O cheiro do lençol, o colchão firme, a ausência de qualquer som familiar... até que, ao mover meu corpo, me deparei com algo quente e firme atrás de mim.
Quando meus olhos se abriram, vi o teto de um apartamento que não reconhecia. Eu estava deitada, sem saber como ou quando, nos braços de Ettore. Ele estava ali, seu peito tocando minhas costas e os braços envoltos ao meu corpo, me segurando como se fosse uma coisa preciosa. Ele estava adormecido, sua respiração tranquila, mas eu não conseguia tirar o pensamento da minha cabeça:
Como cheguei aqui?
O medo tomou conta de mim por um instante. Eu não sabia