— É mesmo. E eu a pedi em casamento hoje — digo de repente. Meu amigo cospe a bebida e começa a tossir.
— Você o quê? —grita a pergunta. Faço um sinal com a cabeça, mostrando a minha pequena rodeada pelas amigas e mostrando o seu anel e ele acompanha o meu olhar.
— Pedi a Ana em casamento essa manhã — repeti e Marcos me encarou com espanto.
— Você não acha que está indo muito rápido, não? — rosna e eu volto a dar de ombros.
— Não acho, Marcos. Nós praticamente já dividimos o mesmo apartamento, o mesmo quarto, a mesma cama.
— Eu sei, Luís. Juro que entendo, mas vocês ainda estão se conhecendo, cara e... — Ergo a mão, em um gesto a pedir que pare.
— Você não entende, meu amigo — começo a falar. — Existe uma conexão diferente entre nós dois. Sinto que conheço a Ana a minha vida toda, nós nos damos muito bem, nos compreendemos, nos encaixamos, eu sinto que já não sei mais viver sem ela — desabafo. Marcos mais uma vez parece surpreso.
— Uau, cara! — Ele solta um assobio. — Nesse caso, meus