Maya
Logo que passei pelas portas do hospital, eu saí pelos corredores à procura do Dr. Walters, cardiologista do Victor. Caçava-o como se fosse uma corsa. Ele estava em consulta quando abri a porta do seu escritório e entrei. Walters olhou-me confuso.
— Maya? Eu estou em consulta. Alguma emergência?
— Só me responda com sim ou não. — Usei um tom intimidador. — Ele sabia que ia morrer? — Senti um nó se formar na garganta novamente.
— Me dê um minuto, por favor — pediu à mulher à sua frente.
Ele se levantou e fez um sinal cortês para que eu saísse primeiro de sua sala, vindo logo atrás de mim. Caminhamos para um canto e paramos um de frente para o outro.
— Maya, eu...
— Apenas responda à minha pergunta, Walters. — interrompi-o.
Ele me encarou tenso.
— Sim.
Uma decepção imensa se espalhou dentro de mim, deixando meu coração partido.
— Quando?
— Descobrimos que o coração dele não aguentaria muito mais nos exames que fizemos depois do Natal.
Meus olhos se encheram de lágrimas. No início d