(Sala de Reuniões da Figueiredo, 16h55)
Lucas
A sala de reuniões estava iluminada demais para uma segunda-feira de manhã. A luz fria atravessava as janelas de vidro e se derramava sobre a mesa comprida onde os diretores da Figueiredo S/A se acomodavam em silêncio calculado.
Era mais do que uma reunião comum. O clima no ar era diferente, estava tenso, como antes de uma tempestade. Iolanda, sentada à cabeceira como um general prestes a anunciar uma campanha militar, cruzava as mãos sobre a mesa e lançava olhares meticulosos para cada um de nós.
Leonardo, ao meu lado, estava quieto. Angel, dois lugares depois, folheava distraidamente o relatório do marketing, mas eu conhecia bem cada pequeno gesto dela. Os dedos