Lucas
O cheiro do café fresco preencheu o ar assim que cruzei o imenso corredor da mansão Figueiredo. Uma mansão que, por anos, simbolizou tudo que eu achava que queria. Agora, tudo que ela me dava era claustrofobia.
A mesa do café da manhã estava posta como sempre: prataria polida, frutas dispostas como em um quadro impressionista, e Iolanda sentava-se à cabeceira, como uma rainha em seu trono de porcelana e aço. Usava um conjunto azul-marinho e um broche antigo no blazer, o mesmo que ela costumava usar em reuniões decisivas.
Hoje, ela estava pronta para algo importante. Mas não fazia ideia do que a esperava.
— Finalmente. Pensei que teria de mandar um helicóptero buscá-lo — disse, com aque