Angel
A porta de metal se abriu com um estrondo, o som ecoando pelas paredes úmidas como um trovão. Dois homens enormes entram primeiro, os rostos cobertos por balaclavas pretas. O cheiro de cigarro e suor impregnava o ar. Um deles trazia uma pistola na mão, o outro, um taco de madeira que batia contra a palma aberta em um ritmo que me fez estremecer.
Atrás deles veio outro homem. Ele não usava máscara. Alto, de ombros largos, terno impecável contrastando com o cenário miserável ao redor. O olhar era frio, cortante, como uma lâmina. Um sorriso torto brincava em seus lábios, mas nada naquele sorriso tinha humor.
— Finalmente nos conhecemos — disse ele, a voz grave, arrastada, com um sotaque carregado. — Juan Su