Alex levou Luiza de volta pela trilha escura em silêncio. Cada passo parecia um golpe seco contra o chão, como se ele estivesse segurando o mundo nas costas. Embora estivesse em forma humana, a aura lupina ainda vibrava ao redor dele — quente, inquieta, pulsante. Luiza sentia a energia dele roçar sua pele como calor de uma fogueira prestes a escapar do controle.
Durante todo o caminho, ele não a olhou. Não disse uma palavra. Mas o silêncio não era vazio; era denso, cheio de emoções contidas. Algo no ar dizia que ele travava uma luta interna feroz.
Quando chegaram à porta da casa da avó, Alex finalmente parou. Ele respirou fundo, como se buscasse coragem, e só então se virou para ela.
Os olhos caramelo-rubi brilhavam com uma intensidade que a deixou sem ar.
— Você está com medo de mim? — perguntou ele, a voz muito baixa, como se temesse a resposta.
Luiza sentiu o coração ranger dentro do peito. Alex nunca parecera tão vulnerável. Tão… humano.
— Não — disse ela, e a verdade escorreu int