Luiza tentou dormir.
Tentou fechar os olhos e empurrar o mundo para longe.
Mas a lua — mesmo escondida atrás de nuvens — parecia chamá-la como um sussurro dentro de sua mente.
Cada vez que piscava, via Alex.
O olhar dele voltava como uma lâmina quente em seu peito: ferido, frustrado, cheio de uma devoção que ela não sabia lidar. A chama rubi oscilando no fundo de cada íris, implorando por algo que só ela podia oferecer — controle, equilíbrio, destino.
E então… Lucas aparecia também.
Os olhos azuis, frios e profundos, encarando-a como se pudessem atravessar suas camadas mais secretas. A voz suave dele, cheia de segredos que Alex não queria dividir. Cada palavra carregada de uma verdade sedutora, perigosa.
Alex era fogo.
Lucas era gelo.
E ela estava presa entre os dois.
O triângulo a envolvia como uma gaiola sem portas.
Virou-se na cama. Apertou o travesseiro contra o peito. Respirou fundo. Mas o ar parecia pesado demais, carregado demais.
— Para — ela murmurou para si mesma, mas a