Luiza permaneceu sentada na cama por longos minutos, incapaz de se mover.
O quarto estava escuro, silencioso demais, mas o rubi em sua mão lançava reflexos suaves nas paredes, pulsando lentamente — como se respirasse com ela. Cada batida parecia ecoar direto em seu ventre, espalhando um calor estranho, íntimo, que não era dor… era despertar.
Ela fechou os dedos ao redor da marca, tentando abafá-la.
Falhou.
O calor se espalhou por seu braço, subindo até o ombro, descendo pela espinha. Sua pele arrepiou. O corpo reagia como se reconhecesse aquela energia — como se sempre tivesse esperado por ela.
— Isso não é possível… — sussurrou, mas sua voz saiu trêmula, baixa demais para convencer até a si mesma.
Levantou-se, os pés tocando o chão frio. O contraste fez seu corpo estremecer. Caminhou até o espelho, o coração acelerado, o rubi ainda pulsando em sua mão fechada.
Quando abriu os dedos, o brilho refletiu em seus olhos.
Por um instante — apenas um — eles não eram castanhos.
Um lampejo rub