Cain, ao ouvir novamente a palavra “caçador”, percebeu que estava cada vez mais incomodado com esse termo.
Os olhos da mulher à sua frente eram incomparavelmente límpidos, tão racionais que, naquele instante, ele se sentiu completamente transparente. As oportunidades do passado, as oportunidades do presente, ela dizia que eram a mesma coisa. Ele queria dizer que sim, havia uma diferença.
Mas no momento seguinte, não pôde argumentar.
"Realmente, existe alguma diferença?"
Ela disse isso delicadamente, e ele compreendeu, naturalmente. Se ele não fosse tão versado na linguagem e na cultura, poderia fingir que não entendeu.
A mão, aos poucos, perdeu a força.
A palma, que uma vez foi quente, estava fria agora. Ele olhava para o braço magro da mulher e achava estranho como um braço tão frágil poderia preencher o vazio em sua mão.
Era estranho como aquele braço, uma vez separado de sua mão, parecia deixar um vazio instantâneo.
A imagem da mulher diante de seus olhos estava embaçada, efêmera, c