ANYA DOMINUS.
A atração derrota qualquer luto.
O corpo dele fica visivelmente mais rígido sob mim, mas não é tensão ruim. É atenção absoluta, quase reverente, como se cada palavra que eu disse tivesse caído direto no centro do peito dele.
— Eu? — pergunta, a voz rouca de quem ainda carrega o sono e algo muito mais perigoso.
— Continuo sem entender completamente — admito, quase sem fôlego. — Você me confunde… de um jeito que eu não sei explicar.
— Você me confunde também — ele responde sem hesitar, sem filtro. — E muito.
Fico surpresa. Nunca imaginei ouvir isso dele.
Levanto a cabeça, olhando-o.
— Confundo você?
— Demais — ele respira fundo, o peito subindo e descendo contra minhas costas. — Eu não sou bom em… sentimentos, Anya. Passei a vida inteira treinando para não sentir nada. Raiva eu domino. Ódio eu controlo. Mas isso… — engole em seco, a garganta se movendo de forma visível. — Quando você apareceu na minha vida, quando tudo aconteceu… você bagunçou tudo dentro de mim. Tudo mesm