JOHN
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Enquanto eu estava cuidando de Hana, o telefone tocou, e o meu coração quase parou. As últimas horas haviam sido uma sequência de horrores, como se o universo tivesse decidido testar todos os limites possíveis da nossa força. Quando ouvi a voz do delegado do outro lado da linha dizendo que haviam encontrado Jonathan, senti algo que só posso descrever como um milagre.
Meus joelhos cederam, e por um instante, o mundo giro, mas esse fato passou totalmente despercebido aos olhos de Hana, que estava com o olhar fixo na fisionomia do meu rosto.
Nosso filho estava bem.
Depois de tanto medo, ele estava seguro.
Quando essa notícia foi dita em voz alta, ela balançou a cabeça, murmurando baixinho para si mesma.
— Ele está bem. Ele está bem...
Era como se ela precisasse repetir para que aquilo fosse verdade. Era doloroso vê-la assim. Hana, que sempre foi tão forte, tão resoluta, naquele momento parecia quebrada, como se a única coisa que a mantivesse de pé fosse a ideia de ter Jonathan