Capítulo 9

— SEGURA CABRA RUIM!!! — Tico grita do outro lado e com o solavanco forte que a traineira dá por causa do mar hoje agitado, a corda de apoio se solta, e passa tão rápido do meu lado rente ao meu braço, que vira uma navalha. O corte superficial não me assusta, assim como o corte na palma da mão também. Era uma eventualidade.

— VOLTA! VOLTA! VAMOS VOLTAR! TUDO BEM... VAMOS REFAZER!!! — eu grito, mas para facilitar faço gestos e eles entendem.

Por isso os dois vão puxando a rede e manobrando a lancha lentamente já que soltá-la ao mar para que nós três ali puxássemos sozinhos era um serviço perigoso e pesado, — a rede poderia se prender em algum rochedo ou até mesmo no motor da traineira e aí seria arriscado, um trabalho de porco. — e voltamos novamente á estaca zero. Eu senti que o mar hoje ficaria agitado, mas não imaginei que seria tanto.

— MAS É UM ZÉ MESMO, NÃO FORÇOU O NÓ DA TRAINA??? — Roger encara o Pedro que segurava uma porção da rede para economizarmos te

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