LAIKA
Eu esfreguei o peito dele, esforçando-me para ignorar a presença de seu falo sob mim, o que se revelava quase insuportável, sobretudo porque seu olhar fixo intensificava ainda mais a situação.
— Então. — Disse eu, tentando desviar minha atenção. — Você disse que uma guerra se aproxima? É isso que dizem esses documentos? Os atacantes sempre o informam antes de atacar?
Ele retirou o pano de limpeza de minhas mãos e respondeu:
— Agora é minha vez de lavar-te, raio de sol.
Ele limpou meu peito minuciosamente.
Eu temia lavar-o por completo, considerando suas feridas e questionando se a água não agravaria a dor; contudo, ele nem sequer se esquivou. O silêncio que se seguiu à minha pergunta sugeria que ele talvez não quisesse me responder, pois ainda sentia que eu não era digna de participar das discussões militares.
Então, ele encheu as mãos de água e lavou meu rosto, explicando:
— Os assuntos militares são sempre altamente confidenciais e não devem ser compartilhados com pessoas de fo