LAIKA
— Alfa Karim, você traz guerra ao seu próprio bando? — perguntou corajosamente o ancião que tinha me condenado à morte.
Alfa Karim ergueu sua espada para golpeá-lo, mas eu já não aguentava mais. Meus olhos já estavam cobertos de sangue e havia tantas mortes ao meu redor que mal me sentia viva. Tossi. Ele parou, olhou para mim, e com uma única passada larga estava ao meu lado, cortando as correntes com seu machado de batalha. Tirou seu manto e cobriu minha nudez.
— Vocês trouxeram guerra à minha mulher. — rosnou ele.
Os guerreiros que ainda estavam vivos largaram suas armas imediatamente. Alfa Karim me levantou do banco. Meu corpo estava em chamas, e eu mal estava viva. Ele me carregou junto ao seu corpo e enterrou seu rosto na curva do meu pescoço.
— Oh, Laika. — gemeu ele. Não consegui falar, minha boca estava muito fraca, e minha garganta ressecada pela falta de comida e água. — Me perdoe. — sussurrou.
O ancião deu um passo à frente. — Alfa, nos perdoe, não sabíamos que ela era