— O quê?
— Sim. Ela queria se tornar a maga mais poderosa que já existiu e também governar o reino do meu meio-irmão. Eu estava tão cego de raiva e consumido pelo desejo de vingança que acabei colocando em perigo a mulher de quem gostava. Naquela época, ela estava grávida. Muitas pessoas morreram, inclusive minha mãe. Ela me avisou para deixar em paz o homem e a esposa dele, mas eu não dei ouvidos. Quando ela descobriu meu envolvimento com a bruxa maligna, desabou e morreu. Antes de partir, disse que jamais me perdoaria pelo que eu fiz até que a moça fosse encontrada. Eu ajudei meu irmão a derrotar a bruxa e a mãe dela, mas nesse processo muitas vidas se perderam. A jovem que vivia com minha mãe encontrou um homem que amava, e ele morreu durante aquela guerra.
Ele enxugou a lágrima que escorria pela bochecha.
— Eles achavam que eu não merecia perdão algum, e por isso ninguém me perdoou.
— Mas você provou que não fez aquilo por mal.
As lágrimas se acumularam nos cantos dos meus olhos.
E