LAIKA
Nós nos recolhemos para a noite, e Ari voltou para de onde tinha vindo. Deram-me o quarto mais enorme da casa, com a maior cama para que eu me sentisse confortável. Fiquei deitado olhando para o teto, incapaz de dormir. A lua que entrava pela janela tornava o sono ainda mais difícil. Meus pensamentos se concentravam em coisas diferentes e, mesmo depois do jantar, quando me ofereci para ajudar Ari a limpar a mesa, como ela me dispensou confirmou que aquilo não era só um palpite. Eu falaria com ela de manhã e esclareceria tudo, pois não estava pronta para o drama humano.
A porta entreabriu-se com um rangido baixo. Fechei os olhos rapidamente, fingindo estar dormindo. A última coisa que eu queria era conversar com alguém esta noite. Um brilho de luz inundou meu rosto, mas ronquei baixinho para que quem quer que fosse me deixasse em paz. Logo, senti o cobertor puxado até meu queixo.
— Uma menina tão bonita. — Murmurou Claudia enquanto me cobria.
Ela ficou me observando por u