Outro impacto sacudiu a casa, desta vez mais forte. Mas aquela não era uma simples construção de madeira e pedra. Era um refúgio encantado, forjado para resistir a ataques de alto escalão. Se estavam sentindo os tremores, então quem quer que estivesse lá fora era poderoso o bastante para desafiar essa proteção.
— Se for uma brincadeira, eu juro que vou… — Yoran começou, mas sua voz morreu assim que abriu a porta.
Kael estava recostado na mureta da varanda, os olhos semicerrados e uma expressão azeda de quem fora arrancado de um sonho bom. Suspirou, exausto.
— Eu estava sonhando… — murmurou, esfregando o rosto. — Mas, claro, alguém decidiu me arrancar do único lugar onde a vida ainda tem cor.
Kaito estava ao lado dele, um copo de vinho ainda na mão, como se não tivesse tido tempo para processar nada. Mais afastada, Ágata subia as escadas do porão, segurando um tomo pesado, claramente irritada pela interrupção. Todos estavam ali. E todos olhavam na mesma direção.
Yoran seguiu s