A cozinha estava carregada de tensão.
— Somos uma equipe. Vamos lutar juntos, e eu daria minha vida pela nossa causa. — Yoran manteve a voz firme. — E, dependendo da situação, eu salvaria você de um possível ferimento grave... — Ele inclinou ligeiramente a cabeça. — Mas não volte a olhar para o que é meu.
Kaito não desviou o olhar. O maldito ainda carregava aquele meio sorriso desenhado no rosto, como se tudo aquilo fosse um jogo cujo resultado ele já conhecia.
— Você está bravo? — O tom era calmo, mas provocativo.
— O cozinheiro é seu amante?
A pergunta veio tão casualmente que quase passou despercebida. Mas Yoran não mordeu a isca.
— Não foque em nos rotular, Kaito. Apenas certifique-se de não tocar ou sequer pensar no que é meu.
Kaito segurou o olhar dele por um longo instante antes de finalmente dar um passo à frente, invadindo seu espaço.
— Eu não faria isso. — Sua voz veio baixa, quase um sussurro. — Apesar de não ser um especialista em emoções, sei que serei e te